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== O Templo de Oghma ==

No templo de Oghma Banzé já os esperava. Sem nenhum meio de locomoção aparente, era muito estranho para Mortussest como aquele elfo já estava lá. Imediatamente Lóris leu com clareza as palavras da porta. Elas diziam ''"Em trios elas se abrem, mas sozinho ele permanece"''. Mortussest mostrou aos demais as marcas de mãos, e eles então supuseram que colocar as mãos nos locais indicados poderia abrir a porta. Mas por uma confusão causada pela escrita, e sem conhecerem direito uns aos outros, o grupo ali reunido sentiu dificuldade em decidir quem permaneceria de fora, já que a porta dizia que ''"sozinho ele permanece"''. Depois de erguerem a voz por uns instantes, todos colocaram as mãos nos espaços indicados nas portas, e, estando Lóris no meio das duas portas, percebeu que agora podia empurrá-las e abri-las, e assim o fez.

A porta revelou uma imensa sala, iluminada pelos dois lados através de seis janelas que enchiam suas laterais de luz, como se o sol da meia manhã acertasse o templo de dois ângulos diferentes ao mesmo tempo. A lateral norte do templo possuía uma vasta quantia de livros em estantes, o que era de se esperar de um templo do deus do conhecimento, e a lateral sul continha duas mesinhas repletas de canetas tinteiro e tintas. Também era possível ver uma estante menor, com alguns livros sem escrituras em suas capas, possivelmente livros em branco, prontos para sere copiados. Olhando em frente o grupo via um vão no centro da sala, como se houvesse um nível inferior, e era possível ver quatro lances de escadas em lugares distintos que pareciam acessar este nível inferior do templo. De algum lugar deste nível subia uma luminosidade esverdeada, que oscilava como se fosse uma chama. Ao fundo, no extremo oposto do templo, estavam três mulheres em mantos brancos e cordões vermelhos. As três eram curiosamente parecidas, e entre elas estava a flutuar um pergaminho aberto, que pulsava em uma luminosidade esverdeada.

Uma das mulheres deu boas vindas ao grupo, falando no idioma Loross. Lóris conseguia se comunicar com elas, mas os demais não. O grupo descobriu que elas eram amistosas e que não sabiam de nada que estava ocorrendo na cidade, e nem sabiam que o idioma 'comum' havia mudado. Elas eram firmes na posição de não permitir que eles se aproximassem do pergaminho, e um combate quase aconteceu. No entanto, acuados com o possível poder da [[Cassinos/Tríade_do_Destino |Tríade do Destino]], o grupo optou por se retirar, e elas trancaram as portas logo atrás deles. 

O grupo decidiu relatar as autoridades locais sobre o templo, sobre as mulheres que protegiam um pergaminho, e sobre a grande probabilidade de que era o pergaminho que impedia as adivinhações da cidade. Feito isso, solicitaram à Myrin se era uma boa ideia avançar e tentar de tudo, usando-se da agressão se fosse preciso, para acessar o pergaminho, e ela concordou. Myrin ofereceu ao grupo três poções de cura e prometeu lhes pagar com moedas ou favores após o resolvimento desta questão, e pediu para se apressarem a resolver isso enquanto ela ia falar com Capitão Dhamaga e os outros guardas para estarem prontos para quando a barreira cair e irem imediatamente atrás do assassino, que ela garantira que encontraria através de vidência.

Concordando com os termos, o grupo retornou até o templo de Oghma, e desta vez foram imediatamente tentando persuadir as gêmeas. Sem sucesso, o grupo não viu alternativa que não o sangue, e em frente a isso, uma delas disse ''"Espero que vocês estejam certos do que estão fazendo"'' e o combate começou. 

Mortussest percebeu neste combate que o elfo Banzé era na verdade o lobo cinzento de outrora, e isso lhe esclareceu muitas coisas, enquanto o elfo transformava-se em lobo para avançar contra uma das gêmeas, que retirava de sua cintura uma pesada corrente com cravos. Lóris engajou em um combate intenso mas rápido contra aquela gêmea que conversava com eles, e que utilizava-se de uma adaga curvada. A terceira gêmea não engajou em combate mas utilizava-se de runas que escrevia no ar para atrasar o grupo. Mortussest lançou uma conjuração de energia negativa que fez uma pressão sobre o peito da gêmea da adaga enquanto esta trocava golpes com Lóris. Do outro lado da sala, Banzé saltava sobre a gêmea das correntes, em forma de lobo, e esta revidava com manobras ágeis que colocavam Banzé próximo da quina que separava este nível da sala com o nível inferior, a cerca de 3 metros abaixo. Banzé agiu rapidamente quando a gêmea vacilou, e a conseguiu jogar contra o fosso, derrubando-a, mas não sem antes ser cortado por uma passada rápida de suas correntes. As runas conjuradas ela terceira gêmea não obtinham sucesso contra o grupo, eram absorvidas ou acabavam errando os alvos, enquanto Mortussest lançava uma segunda onda de energia negativa que derrubou de uma vez por todas a gêmea da adaga, que já estava com o peito cortado proveniente de um golpe de espada de Lóris. 

Lóris conjurou uma pequena pirâmide espectral na frente de sua mão, e dela saiu um par de raios multicoloridos, afetando a terceira gêmea e a gêmea que Banzé havia derrubado no nível inferior, deixando-as levemente atordoadas. Foi tempo suficiente para Banzé avançar contra a terceira gêmea e morder-lhe o braço, mas não o suficiente para dar chance de fuga para Mortussest, que foi alvejado pelas longas correntes da gêmea que já se levantara e avançara sobre as escadas na direção dele. Lóris errou um corte de espada contra a terceira gêmea, mas Banzé a finalizou numa mordida mais brusca, deixando-a inconsciente no chão. Mortussest então saltou para longe do alcance das correntes e conjurou uma magia terrível, que colocou a gêmea das correntes para correr de medo sem sequer olhar pra trás. 

Isso deu tempo para Lóris acessar o pergaminho, enquanto os outros dois corriam atrás da última gêmea. Quando ela recobrou a consciência dos seus atos e voltou até o templo, a entrada deste estava bloqueada pelo elfo necromante e pelo lobo cinzento, e a gêmea não teve chance naquele combate desigual, acabando morta e sem um braço na entrada do templo que protegeu por tantas centenas de anos. Enquanto os dois voltavam para os fundos do templo, começaram a sentir a presença da trama ao seu redor e puderam concluir que Lóris tinha tirado êxito em sua intenção de alterar o [[Cassinos/Pergaminho_de_Oghma |Pergaminho de Oghma]]. Vasculhando o templo, conseguiram uma forma de tirar o pergaminho de sua suspensão no ar, e Lóris o enrolou e levou-o consigo. Nos corpos das gêmeas o grupo achou duas chaves, que davam acesso a duas portas do nível inferior do templo. Atrás de uma dessas portas havia um osso ao chão, circulado por diversas runas verdes brilhantes escritas no idioma Loross que impediam a aproximação do osso. Após ler as runas, o grupo desvendou o mistério e Lóris falou a palavra ''"Sombra"'' em Loross, o que fez com que as runas desaparecessem lentamente, dando ao grupo acesso à [[Cassinos/Costela_de_Jarvaharis |Costela de Jarvaharis]]. 

Antes de saírem, Mortussest recolheu o símbolo de Oghma de cada uma das gêmeas, e fez um acerto com Lóris: Ele o seguiria, desde que Lóris ensinasse a ele o idioma Loross, e levou consigo alguns dos livros do templo para auxiliar no aprendizado.